- Update or Die!
- Posts
- A difícil arte de assumir riscos
A difícil arte de assumir riscos

“Estou de saco cheio deste trabalho”.“Queria ser um pouco mais forte”.“Um dia vou abrir meu próprio negócio”.“Aquela pessoa é muita areia pro meu caminhão”.
E passamos a nossa vida sem assumir riscos.
A maioria, e eu me incluo nisso (AHÁ!), passa a vida com menos frio na barriga e dá pouca emoção para a própria história. Quando quero refletir sobre minha vida, imagino o Fernando Morais, aquele famoso autor, pronto para começar a escrever a minha biografia, com seu charutão na boca, olhando pra minha cara e perguntando: Você tem alguma coisa legal pra mim?
– Putz… de novo, o Fernando apareceu e eu não tinha nada de legal pra ele. Caramba!
Enfim, voltando ao assunto.
Num desses dias rotineiros, resolvi trocar o Netflix por uma palestra sobre a Universidade de Stanford. O palestrante contou as histórias clássicas da universidade, porém, em determinado momento, TUM! Minha ficha caiu. Era um slide sobre a Escola de Design de Stanford. A imagem que aparecia, a mesma que estampa este post, e o que o palestrante falou mudaram minha percepção sobre assumir riscos.
“O importante é fazer, sem procurar saber se está certo ou errado. Just Do It.”
Muito óbvio, mas eu fiquei embasbacado. Enquanto eu sempre pensei nos prós e contras de se fazer algo, tinha um bando de malucos lá do outro lado, pensando que o mais maneiro é o fazer por fazer. Quantas pessoas eu deixei de ficar porque achei que estragaria a amizade ou que levaria um mega fora; quantas aventuras deixei de entrar porque fiquei com medo de ir sozinho; quantas empreitadas eu não criei, pois fiquei com medo de falir ou morrer de fome.
Aqui no Brasil há um paradoxo. As pessoas são fascinadas por grandes aventureiros, mas ninguém quer se aventurar. Somos desestimulados por muitos e encorajados por poucos.

Então aqui vai a lição que aprendi diretamente de Stanford: FAÇA! E faça muito, quebre a cara se for preciso, se arrependa se for necessário, mas faça. Chute o balde e chute com vontade. Se você precisava de um sinal para mudar, este é o seu sinal.
E se um dia o Fernando aparecer para você e lhe perguntar o que você tem feito, fale pra ele trazer uma caixa de charutos, pois muita história vai rolar.
Updater: Do Leitor
Reply