A grandeza de ser uma poeira sideral

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Quando criança, lembro de ficar olhando admirado para o céu e me imaginando nas estrelas. Cresci um pouco desde então e a reflexão e paixão pelo céu também aumentaram. Hoje olho para ele, e além de me imaginar nas estrelas, o utilizo para me lembrar o quão sou pequeno, uma poeira no espaço.

É um processo que ajuda no tratamento do narcisismo de meus problemas e dramas diários. Admirar as estrelas é escutar o universo te dizendo: “Ei meu chapa, olha o meu tamanho, tanta coisa aqui fora, o mundo realmente não gira em torno de você”

Mas nem sempre estamos disponíveis para ouvir isso e ignoramos a luz do universo, cegos pelas luzes da cidade.

Eu viajo em família, desde antes de eu existir, para Cabo Frio, e lembro de um fim de ano / carnaval que faltou luz na cidade, fato que auxiliado pela proximidade da região com o mar, me fez poder contemplar o que até então era o céu mais bonito da minha vida. Não havia parte escura no céu. Olhar para acima era assistir um concerto de pisca-piscas. *.* Porém, na outra noite a luz já tinha voltado. As estrelas ainda estavam no céu, mas a grande maioria eu não podia ver por conta da luz da cidade. Torci para acabar a luz da cidade novamente, mas foi em vão. O que permite a analogia de que a nossa rotina, criada por nós, mulheres e homens, polui a visão de algo tão belo que é o universo. Esconde a visão do todo, nos cegando e nos fazendo olhar apenas até aonde a luz do nosso poste alcança. E os problemas sempre parecem grandes com a luz tão próxima a eles. Mas não são. Mas não somos.

Li outro dia um texto aqui no Update or Die que reforça esse pensamento. Fala da importância do entendimento da ciência para o crescimento pessoal. E cita uma frase de Carl Sagan, cientista norte-americano, grande divulgador da ciência, que sabia como ninguém relacionar conceitos científicos à reflexões humanas.

Enxergar, por ironia, a dimensão de sermos poeiras no tempo-espaço, de sermos partes de frações de um ponto, nos também a reflexão de deixarmos ser guiados por conceitos temporais, históricos e geográficos. É indiscutível que todos precisamos de ideologias para viver, mas se sua felicidade, objetivo de vida, não vai além delas, é algo finito. É efêmero. É somente a constantes alegrias pela conquista de coisas novas.

Viver vai muito além disso. A real felicidade é atemporal. É liberta de limites físicos e culturais. Olhe para o céu quando duvidar disso. Sinta a grandeza da imensidão sussurrando para você. Olhe as estrelas e se encontre, no infinito e além.

Updater: Do Leitor

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