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A publicidade une Scorcese, de Niro e DiCaprio em um cassino chinês

O santo graal da comunicação publicitária é o conteúdo que habita o cinzento paralelo entre propaganda e conteúdo. Descrições e relatos da área são escassos e carregados da tensão e angústia dos poucos e bravos exploradores sobreviventes da travessia deste cobiçado campo verde forrado de minas explosivas sob a vegetação.

Recentemente, porém, a surda revolução digital vem atraindo novos aventureiros ao romper o monopólio dos meios de distribuição e promover a criação de novos veículos independentes, ao mesmo tempo que democratiza o acesso às ferramentas de produção.

As iniciativas pululam: algumas marcas descobrem-se encorajadas a atrair a audiência para as suas próprias plataformas de conteúdo. Outras optam pelo investimento pesado em estupendas criações descentralizadas que possam engajar, viralizar, emocionar, entreter, impactar de forma inovadora e 2.0, e bancam o pioneirismo com os dividendos da incerteza da conversão em vendas de projetos recebidos com os mais altos decibéis de aplausos da última temporada em Cannes.

Se é preciso coragem, um bolso muito fundo e um tino comercial afiadíssimo para montar uma expedição bem-sucedida à esta região inóspita, este é o cliente certo: um Cassino chinês.

Com orçamento estimado em pornográficos 70 milhões de dólares, um Cassino de Macau chamado Studio City contratou algumas das maiores estrelas de Hollywood, e alguns dos rostos mais conhecidos do mundo: Martin Scorcese, Robert de Niro, Leonardo DiCaprio, com participação de Brad Pitt. A peça final será um curta-metragem chamado “The Audition”, com roteiro de Terence Winter (O Lobo de Wall Street).

Por enquanto, apenas o trailer da produção está disponível, e você pode assistir abaixo:

Antes de se obter sucesso em fazer tremular a bandeira do Branded content, há que se lidar com uma série de argumentos contrários que incluem o retorno do investimento, a defesa do status quo de um poderoso aparato midiático, argumentos jurídicos e até mesmo morais em se misturar entretenimento, informação e venda de produtos a um espectador distraído, confuso e sugestionável.

Mas iniciativas como essa provam que esta é mais uma fronteira do Velho Oeste digital fadada à conquista. Quantidade alguma de explosões irá impedir que isso ocorra.

Quem restar em pé por último, leva.

Updater: Rafael Losso

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