Black Letter, o garrancho caprichado de 1150

Antes do Gutemberg inventar a grande máquina de carimbar letrinhas (1450), os livros eram todos escritos à mão por monges. Era cada letra pomposa que os pulsos dos caras giravam que nem pião o dia inteiro. Acho que nem conseguiam colocar o garfo na boca na hora do almoço. Trabalho insano, encarado mesmo só por amor divino e incondicional.

Mas em 1150 comecaram a surgir muitas universidades e escolas e faltavam livros para todo mundo. A solução foi uma escrita menos rebuscada e menos espaçosa que a dos monges e assim surgiu a Black Letter (ou escrita gótica) uma alternativa “express” de fazer livros.

O nome “gótico” é uma referência ao barbarismo, já que a igreja não gostou muito da ideia.

Hoje a gente escreve uma frase em segundos. Isso quando escreve, já que a digitação é a norma.

Difícil imaginar que um dia, esse capricho todo que se vê no video acima, tenha surgido justamente como uma opção menos caprichada.

Gutemberg, que também gostava das coisas moderninhas, imprimiu todos a suas 180 pioneiras bíblias em escrita gótica, correndo o risco de queimar no inferno. Mas com certeza tá no céu, por ter criado a democratização da informação, a internet da época.

Se você também quiser dar uma de bárbaro nas suas criações, aqui tem algumas fontes góticas para você baixar para a sua coleção.

E que inveja de escrever soltinho assim que nem esse cara do video, o Sebastian Lester.

Updater: Wagner Brenner

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