Burger King faz bullying em seus sanduiches

Pessoas se mobilizam mais por uma criança maltratada ou por um sanduiche “maltratado”? Para o Burger King, o sanduiche é quem “merece a coroa” da proteção e da atenção.

Aproveitando o mês nacional de prevenção do bullying nos Estados Unidos, a gigante do fast food lançou um filme com uma dinâmica de experimento social. Nele, adolescentes interpretam cenas de bullying sobre outro garoto (todos atores), em uma lanchonete da rede. Ele é batido, insultado e tem seu lanche destruído. Os clientes, reais e sem saber que estavam sendo filmados, assistem a tudo incomodados porém sem fazer nada.

Porém, quando recebem seus sanduiches Whopper Juniors totalmente zoados, esmagados e arrebentados, reclamam e recebem respostas dos atendentes iguais às justificativas de quem praticou bullying no garoto: “você se acha especial??”, “é um Whopper Junior indefeso”… Os atendentes perguntam aos clientes: “você pediu seu Whoper Junior com bullying ou sem bullying?”

Ao final, o filme afirma que 95% dos clientes reclamou do sanduíche que “sofreu bullying”, mas só 12% defenderam o adolescente maltratado. A comparação entre o menino e um sanduiche é ridícula, claro, mas é proposital: por que o sofrimento humano valeria menos do que um sanduiche? Por que as pessoas não protegem umas às outros?

Para dar o exemplo do que deveria ser feito, o filme termina com cenas de clientes se levantando e indo falar com o adolescente perseguido, ao mesmo tempo em que explicam a seus algozes que não deveriam fazer bullying.

O que você acha da ação? Oportunismo, “cause washing”, ou o Burger King está sendo sincero em sua comunicação e suas práticas como companhia?

https://www.youtube.com/watch?v=mnKPEsbTo9s

Updater: Marcos Azambuja

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