Experiência como meio: o Live Marketing

Dentro desse contexto surge o Live Marketing, que valoriza a experiência real e cria uma conexão viva com o público alvo. Por definição, uma ação de comunicação ou ativação que acontece de forma pessoal entre consumidor e marca. Obrigatoriamente, em tempo real.

No Live Marketing não existem segundas chances, uma vez que não cabem erratas do tipo: “pedimos desculpas pelo show sertanejo de ontem ter apresentado falhas, o que fez com que a maior parte do público ficasse incapacitado de ouvir os cantores e os jingles de alguns dos nossos patrocinadores. Como forma de compensação vamos oferecer um mês de assinatura grátis do Spotify…”.

Segundo Roberta Medina, filha de Roberto Medina, o criador do Rock in Rio, e responsável pela realização do festival, o megaevento vem trabalhando o live marketing desde sua primeira edição, em 1985. Mesmo que algumas das ferramentas para atingir o público tenham mudado no decorrer do tempo, a preocupação em relação a experiência das pessoas e as marcas já estava presente há 32 anos.

“No primeiro Rock in Rio, a economia estava em outro momento e o ticket médio para a entrada estava em torno de US$ 12 dólares. Como o valor era baixo, mesmo que o festival atraísse um público de milhões, ele ainda não se pagava. A partir desse problema surgiu a ideia de usar o festival como uma ferramenta de comunicação para as marcas”

Conquista de espaço

Ao impactar um consumidor de forma tão próxima, a experiência fica impressa em sua memória. A sensação de autenticidade também é algo a ser levado em conta, uma vez que a mensagem transmitida não tem o aspecto “programada”, “imposta” ou “automática” como alguns outros formatos da mídia mais tradicional.

Esses aspectos são refletidos diretamente pela movimentação em dinheiro que o setor no Brasil entre julho de 2015 a julho de 2016 gerou: R$ 43,9 bilhões.O PIB referente ao ano de 2015 foi de R$ 5,9 trilhões, sendo 73% oriundo das médias e grandes empresas, e 27% das pequenas empresas.A pesquisa sobre o setor ainda revelou as ferramentas mais utilizadas: Em primeiro lugar, Eventos, Feiras e Congressos (77%); seguido por Ações Promocionais (62%); e em terceiro, Marketing de Incentivo (56%).

Para o futuro

Com o passar dos grandes eventos esportivos ocorridos no Brasil, o conhecimento acerca do conceito de Live Marketing foi amplamente divulgado, o que fez com que o mercado se profissionalizasse em alguns aspectos. “As Olimpíadas ajudaram muito o mercado brasileiro de live marketing, porque retrataram, entre outras coisas, a alma do Rio de Janeiro”, segundo Denise de Cássia, diretora do Comitê de Pesquisa, Inteligência e Inovação da Ampro.Exemplos não faltaram durante esse período, como a Vila Skol, realizada pela BFerraz. A Vila, localizada no Museu de Arte Moderna do Rio, teve várias atrações, como apresentações musicais. A Casa da Família, da P&G, foi montada em um hotel em São Conrado, onde as pessoas puderam usufruir de tratamentos de beleza e higiene corporal, utilizando produtos das marcas como Pantene e Gillette.

Com a projeção de que 62% das empresas devem aumentar o investimento em Live Marketing durante o decorrer de 2017, e aliada a já disseminação de seu conceito, o Live Marketing mostra-se um modo de interação extremamente atual, e parece ter demonstrado uma conexão com o mercado assim como faz frente ao público das marcas.

Updater: Estevan Sanches

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