Filtro da Festa: o que importa na Campus Party

post por Danilo Leão, colaborador do Update or Die

Incrível o número de geeks e o magnetismo corporativo que foi criado na Campus Party 6.

Fala-se muito nos palcos, barracas e corredores sobre: redes-sociais, terabytes, sustentabilidade, cultura, segurança e empreendedorismo.  Tudo medido em milhões de unidades, pelo menos. Wow: encantador! Mas opa, não seria muito deslumbre com o glamour? Armadilha? Não parece 99% barulho e 1% útil?

Muita coisa interessante, realmente, mas qual é a “última linha”? Essa conta soma quanto, efetivamente? Como avaliar o “botton-line”?

Se for medido só por lucro ou prejuízo, deixa-se valor fora do radar. Então o relatório final fica limitado para tratar de empreendedorismo verdadeiro. O fato é que o “glamour empreendedor” no mundo da tecnologia esta instalado. Isso é bom, e melhor do que antes. Mas engana! Falta um componente importante. Sua ausência atesta o quanto decaídos estão os movimentos pós-modernos, como esse.

Esqueceram de discutir o propósito dessas coisas.

Muitos se encantam com a “inteligência” da juventude de hoje, mas poucos reparam seus grandes condicionamentos mecânicos, maximizados por jogos e paixões que movimentam somente planos muito baixos.

Um empreendedor verdadeiro, completo, não pode deixar de fora do “business canvas” – agora ensinado em massa pelo próprio SEBRAE (muito legal) – a reflexão em torno do que o motiva a trilhar um caminho. Apenas reagir ao modismo é uma atitude pobre demais.

Sem essa reflexão o geek fica refém dos impulsos corporativos, que sacaram muito bem como surfar essa onda.

A dica é posicionar-se um passo atrás, observando o movimento para compreende-lo com outros olhos – com o risco de ser fisgado por uma “feature”, que como um atalho sedutor desvia facilmente nossa atenção do propósito verdadeiro.

Danilo Leão: Empreendedor serial, está CEO do BovControl (acelerado Wayra-Telefonica), e é hipomaniaco consciente.

Updater: Gustavo Giglio

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