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Inteligência Artificial quer aprender a ser um bom torcedor

Pais, avós, amigos e familiares geralmente são os responsáveis por ensinar uma criança a torcer para um time de futebol. É uma paixão que geralmente começa desde muito cedo. Mas o que aconteceria se uma inteligência artificial tivesse que aprender a ser torcedor a partir do que está aprendendo com os comentários da internet?
Esse é o experimento que a Amstel vem realizando desde o início da Conmebol Libertadores da América 2019. Porém, depois de analisar mais de 400 mil comentários e interações de torcedores em diversas plataformas digitais, entre sites e redes sociais, o Torcedor Artificial se tornou agressivo e hostil, mostrando que existe um ambiente que incita a violência quando as pessoas se expressam no mundo virtual.
À exemplo está a pesquisa da ferramenta “Twitter Market Insights e Analytics” que durante as primeiras fases da Libertadores, coletou mais de 55 mil comentários negativos relacionados aos jogos do torneio. Desses, 57% dos usuários falaram mal do próprio time no Twitter, e cerca 27% do público comentou contra o time adversário.
A partir deste resultado, a Amstel decidiu mudar o foco do projeto e lançou a campanha “Torcedor Artificial”, um movimento que convida torcedores reais a interagir e ensinar para a máquina um jeito positivo de falar de futebol. Sem deixar a paixão e a rivalidade de lado, a marca quer provar que é possível se expressar sem ofensas e com respeito aos times e jogadores.
Para dar vida a campanha, foi criada uma plataforma de tecnologia que interage com os usuários a partir dos insights que recebe. Funciona da seguinte maneira: os comentários recebidos passam pelo sistema de natural language processing do Google e seguem para uma base de dados. A ideia, é que o Torcedor Artificial seja alimentado justamente com o melhor do futebol a partir de comentários que mostram o lado positivo do esporte. Ao final da Libertadores, a expectativa é que a máquina tenha aprendido a ser um bom torcedor.
O projeto foi desenvolvido em parceria com o Google do Brasil, MediaMonks e criação da agência J. Walter Thompson.
Updater: Gustavo Giglio
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