Kiss faz show memorável em sua última apresentação em São Paulo

Neste Sábado (23), milhares de pessoas lotaram o Allianz Parque, em São Paulo, para prestigiar a “última” apresentação da carreira dos estadunidenses do Kiss no Brasil. O show fez parte da turnê ‘End of the Road’, que encerrará a jornada do grupo, somando cinquenta anos de estrada. No entanto, muitos não acreditam neste fato, uma vez que a banda é popular por realizar várias turnês de despedida e que, inclusive, estará de volta ao Brasil e no mesmo local e mês no ano de 2022. O quarteto foi o líder do festival Monsters of Rock, que também contou com a presença da cantora Doro e das bandas Halloween, Candlemass, Symphony X, Deep Purple e Scorpions. 

Previsto para subir ao palco às 21 horas, o Kiss entrou com dois minutos de antecedência com a introdução icônica, seguida por ‘Detroit Rock City’, e apresentou o que sempre fizeram de melhor: um verdadeiro espetáculo de rock and roll cheio de guitarras robustas e fogos de artifício.

O show foi exatamente o mesmo realizado no ano anterior, com exceção de algumas ordens das músicas e a troca de ‘Tears Are Falling’ e ‘Makin’ Love’, clássico do álbum ‘Rock And Roll Over’. Os fãs que já assistiram DVDs e vídeos de outras apresentações já sabiam a música que os mascarados tocaram por conta do discurso. Afinal, é sempre a mesma coisa. Entretanto, é esta consistência que faz o Kiss ser único: é possível sentir admiração e entusiasmo mesmo assistindo o mesmo show pela décima vez. 

Gene Simmons e Paul Stanley

Um dos maiores símbolos do rock, Gene Simmons comprovou, mais uma vez, que é o “deus do trovão”. O baixista israelense conseguia deixar o público embasbacado com um simples ‘oh yeah?’ e cantou clássicos como ‘Calling Dr. Love’, ‘God of Thunder’, ‘I Love It Loud’, ‘Deuce’, ‘Cold Gin’ e ‘War Machine’.

É inegável, porém, que Paul Stanley tem o público na palma da mão. Mesmo com a voz extremamente rouca e com o possível playback em algumas canções, o Starchild mostrou que é a alma da banda e tinha carisma e presença de palco de sobra. O público foi à loucura com os clássicos ‘Heaven’s On Fire’, ‘Lick It Up’ e ‘Psycho Circus’. Em ‘Love Gun’ e ‘I Was Made For Lovin’ You’, o músico as tocou no meio do público, que o chamou ferozmente por seu nome. 

Tommy Thayer e Eric Singer também não decepcionaram. Apesar de aparecerem pouco, demonstraram que são talentosos e que estão em uma das maiores bandas do mundo. Thayer reproduziu os lendários solos de Ace Frehley do álbum ao vivo ‘Alive!’, que fez o Kiss explodir pelos Estados Unidos nos anos 70. Eric Singer, por sua vez, tem talvez a maior voz do grupo hoje em dia e cantou lindamente ‘Beth’ junto ao piano. Como sempre, o grupo encerrou a apresentação no País com ‘Rock And Roll All Nite’, que sem dúvidas ecoou pelo bairro da Barra Funda inteira.

Tommy Thayer e Eric Singer

Tommy Thayer e Eric Singer também não deixaram a desejar. Apesar de aparecerem pouco, mostram que são competentes e que estão em uma das maiores bandas do mundo. Thayer reproduziu os lendários solos de Ace Frehley do álbum ao vivo ‘Alive!’, que fez o Kiss estourar pelos Estados Unidos nos anos 70.

Eric Singer é, talvez, o integrante com a melhor voz hoje em dia no grupo e cantou lindamente ‘Beth’ junto ao piano. Como sempre, grupo encerrou a apresentação da carreira no País com ‘Rock And Roll All Nite’, que com certeza ecoou pelo bairro da Barra Funda inteira.

Apesar da incerteza sobre este ser o último show da banda, uma coisa é clara: Kiss é uma da maiores bandas que já existiu. Lotar um Allianz Parque pela segunda vez, mesmo com um show praticamente igual ao anterior, é a prova disso.

Setlist do show

Detroit Rock CityShout It Out LoudDeuceWar MachineHeaven’s on FireI Love It LoudSay YeahCold GinLick It UpMakin’ LoveCalling Dr. LovePsycho Circus100,000 YearsGod of ThunderLove GunI Was Made for Lovin’ YouBlack DiamondBethDo You Love MeRock and Roll All Nite

Updater: Leonardo Santos