LUTA PRINCIPAL: NÓS VS. OS OUTROS

Uma vez, em uma aula de filosofia, conheci a história de um menino que vivia em uma cidadezinha no interior de um país estrangeiro.

Esse tal menino, quando criança, fora pego roubando doces de uma lojinha de bairro. Desde então, sua família e toda vizinhança começaram a enxergá-lo como um ladrãozinho. Por não ter força o bastante para lutar contra o que estavam falando, o menino cedeu e vestiu aquele personagem que todos o viam. E pra finalizar: de garotinho inocente, virou o maior e mais temido ladrão da cidade.

Ganhou minha atenção, pois abordava algo que eu estava vivendo no momento. E com certeza: você, seu vizinho e o atendente da loja da esquina se não viveram ainda, um dia viverão. Mas calma, não sou ladrão de Bombonieres. Não é isso.

O ponto que quero chegar é: você NÃO é apenas o que quer ser, mas também o que os outros querem que você seja.

Olhando para o exemplo do padeiro, vemos muito isso. Ao longo do tempo, ele foi o que queria (padeiro/dono de padaria/dono de restaurante), mas nunca teve a certeza do que realmente era bom, sempre se deixando levar pela opinião dos outros.

Agora, ficaria muito feliz se você separasse um tempinho do dia e se desse ao luxo de pensar nas seguintes questões:

1) O que eu sou e o que quero ser?

2) Hoje, como os outros me enxergam?

3) Como quero ser enxergado?

Depois de refletir sobre essas questões, talvez encontre uma, duas ou três peças que estejam fora do quebra-cabeça. Mude e siga em frente ou simplifique e faça como o menino ladrão de doces, vista o personagem, mas lembre-se: não falhe como o padeiro, seja o melhor.

Updater: Bruno Ramalho