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“Me and Earl and a Dying Girl”, uma declaração de amor ao cinema.

Ano passado resolvi tirar do travesseiro o sonho da minha vida: escrever filmes. Há um tempo venho escrevendo crônicas, e também fui palhaça em hospitais, tive um grupo de stand up comedy e porque não largar tudo e tentar ser roteirista de cinema em NY em plenos 30 anos de idade, sem um tostão no bolso? Pausa dramática para a minha cara de pânico neste momento.

Ainda em passos iniciais e no meio de muitos momentos de dúvida sobre se realmente é isso que quero fazer da minha vida, surge aquela fração de segundo, aquele sentimento que é tão forte que eu tenho vontade de sair gritando pela cidade: SIM, É ISSO MESMO QUE EU QUERO FAZER!

E tive um destes momentos ao terminar de assistir o filme “Me and Earl and a Dying Girl”, que sinto como se fosse uma carta de amor a sétima arte, ele sussurra ao pé do ouvindo falando: ei cinema, amo você, seu lindo.

Baseado no best-seller de Jesse Andrews com um roteiro incrivelmente adaptado e diálogos hilariantes pelo próprio Andrewn com a ajuda do produtor/escritor Dan Fogelman (“Crazy, Stupid Love”).

“Me and Earl” trás um tom mais colorido se comparado a choradeira de “A Culpa e das estrelas”.

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Esta é uma história que te faz refletir sobre as questões básicas da vida como: a morte, a amizade e como nos relacionamos com estas questões. Isso tudo com muita honestidade e um filme que pode ser apreciado por um público de todas as idades.

Contada pela voz de Greg (Thomas Mann), um jovem adolescente que esta fazendo de tudo para evitar relações mais profundas em sua vida, como mera estratégia de sobrevivência. Descreve até mesmo seu melhor amigo Earl (Rh Cyler) como apenas um “colega de trabalho”, com quem ele produz curtas metragens de paródias de filmes clássicos. Em particular uma das minhas partes favorita do filme!

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A mudança ocorre quando a mãe de Greg insiste que ele passe um tempo com Rachel (Olivia Cooke), uma menina de sua classe que acaba de ser diagnosticada com câncer.

De uma forma leve e refrescante podemos acompanhar o nascimento desta amizade sincera, onde muitas vezes ao longo do filme, Greg nos lembra que esta não é uma história de amor. E que ele é apenas um garoto falando um monte de bobagens para uma adolescente que precisa lidar com sua própria mortalidade.

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O que mais me surprendeu neste filme foi a perfeita combinação entre direção, atuação, trilha sonora e a história de personagens tentando resolver problemas reais na vida real. E nos desafia a pensar em como estamos cuidando das nossas próprias relações em tempos de “curtir e compartilhar”.

Com previsão de lançamento para outubro deste ano no Brasil, se eu fosse você não perderia por nada este filme, que por acaso foi vencedor de Juri e Audiência no Sundance Festival Film deste ano.

O site do filme também esta uma graça, vale conferir: http://meandearlmovie.com/ 

Caso queira matar a curiosidade antes do filme chegar nas telonas, o livro foi publicado no Brasil em junho deste ano pela Editora Rocco, com o nome “Eu, você e a garota que vai morrer”.

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