Mestre de obras.

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Você é um mestre de obras e está construindo uma casa para si próprio. Em determinado momento, ao ver a parede principal de sustentação da casa – que separa a confortável sala do mundo desconhecido que há do outro lado – pensa alto:– Gostaria de uma janela.Você detém o conhecimento técnico, repertório por outros aprendizados e construções na sua carreira, sabe como resolver esse tipo de desafio. Mas diante do pensamento, para e enxerga dois caminhos possíveis e visíveis (assim nascem as dúvidas). Pergunta-se: essa janela abre para dentro ou para fora? Se abre para dentro, promove a sensação – para quem irá abri-la diariamente – de quem puxa o horizonte para a sala, traz o que está lá fora para seu universo particular. Absorve, captura, abraça, traz, puxa. Por outro lado, se abre para fora, proporciona a sensação inversa a quem irá habitar o lugar. A expansão do espaço interno, de confinamento, descanso e reclusão, para um horizonte sem fim. Entrega, oferece, divide, expande, leva adiante. Você, mestre de obras, diante da simplicidade do desafio, vê-se frente à dúvida por vezes intransponível do que podemos, queremos, devemos ser. Ana Paula Wehba construiu uma família. Marido e filhos. Construiu uma reputação profissional. Lidera uma equipe que realiza projetos relevantes e promove discussões fundamentais no Brasil. Construiu uma trajetória profissional e pessoal que dão a ela conhecimento técnico e repertório para, ao se deparar com paredes, encarar o desafio de ali colocar janelas.Você, mestre de obras, pede um conselho a Ana Paula. Ela para e tenta enxergar os caminhos possíveis.E pensa alto:– Gostaria que a janela pudesse ser aberta tanto para dentro, quanto para fora.

*Pedrinho Fonseca é convidado especial do Update or Die e do banco Santander durante o SXSW e veio a Austin com uma missão. Trazer um banco vermelho e convidar pessoas a sentarem nele. A contarem suas histórias. E, assim, descobrir um #bancodeinspirações.

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