Monica Lewinsky e o perigoso ciclo da humilhação

Bom, a história de Monica Lewinsky todos vocês conhecem. Aos que não conhecem, este link da Wikipedia explica bem. Em resumo: ela foi pivô de um escândalo que quase acabou num impeachment de Bill Clinton, então presidente dos Estados Unidos da América. Ex-estagiária da Casa Branca, depois do rolo todo Monica lançou biografia, participou de reality show, aquela coisa toda. Agora ela é embaixadora da organização anti-bullying Bystander Revolution.

Em Cannes, este ano, ela foi falar um pouco da sua experiência contra o cyberbullying. De fato, atacou a mídia  e a publicidade de um modo geral. Citando a cultura da humilhação, reforçou aquilo que vemos todos os dias: quanto mais escândalo, mais cliques. Quanto mais clique, mais dinheiro da publicidade. Quanto mais dinheiro da publicidade, mais o que vende: humilhação. Segundo ela, esse ciclo acabou lançando a “indústria da vergonha pública”. Ms Lewinsky falou sobre o caso de Tyler Clemente, um estudante que cometeu suicídio em 2010 depois que seu companheiro de quarto postou na internet um vídeo dele com outro homem; as fotos hackeadas de Jennifer Lawrence e de outros escândalos.

Monica, afinal, foi fazer um apelo à publicidade mundial. Pedir que as agências conduzam a cultura popular para um lugar melhor, uma sociedade com mais compaixão. Ela esteve recentemente no TED, falando exatamente sobre este assunto. Confira:

[hr]

A NOSSA COBERTURA TEM O APOIO CULTURAL DO TWITTER BRASIL.

[hr]

Updater: Renato Pezzotti