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Little Richard R.I.P.

Como acabei de ler na matéria do Estadão, “a essa hora ele já deve saber que aquela voz não era do diabo”. Claro que não, a voz de Little Richard era celestial, sempre foi.
Eu resgatei o post abaixo, que escrevi em fevereiro de 2017 e que traz uma faceta diferente do Little Richard, um estilo do começo de carreira, mais voltado para o soul e o funk, estilos que acabaram cedendo espaço para o pianista do Rock n’ Roll que, junto com Jerry Lee Lewis foram as maiores influências de Elton John.
Perdemos uma pilastra do rock.
O Little Richard do Soul Funk

“The Best of The Reprise Years” é uma obra-prima. Esqueça o Little Richard do piano, do boogie-woogie, do Tutti-Frutti, dos gritinhos agudos, da purpurina.
Esse outro Little Richard, da época da Reprise Records, era puro soul e funk. Com pinceladas daquele southern country à La Credence.

O “The Best of Reprise Years” é daqueles para ouvir da primeira à última faixa. Impossível não continuar ouvindo, sem parar, o cara se esgoelando até a última célula dos pulmões. E com guitarra, baixo e batera (sem o pianinho) um suíngue incrível. Performance digna dos grandes e contemporâneos gigantes da soul/funk music como Otis Redding, James Brown, etc. Ninguém berrava como esse sujeito (o Michael jackson-menino seguia uma linha parecida, com aquela rasgada soul funk).

Enfim, fica aqui a minha dica para você passar bons minutos se deliciando com esse álbum e conferindo um Little Richard que muita gente não conhece. O cara tá lá no hall da fama, alicerce maior do rock and roll, uma unanimidade. E tem a fase gospel também. Mas esse LR do soul funk… para mim é o melhor.

Pega o fone bom e bota um volume digno de Little Richard.
As que você não pode deixar de ouvir
Todas são excelentes, mas essas…
Green Power (que está na nossa playlist de fevereiro inclusive)
Money is
California (I’m Comin’)
Southern Child
Shake a Hand (if you can)
I Git a Little Lonely
I’m so lonesome I Could Cry
Updater: Wagner Brenner
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