O Prefácio da Selva (Jungle Book 2016)

No último dia 15 a Disney lançou o teaser trailer do seu novo filme, The Jungle Book (em uma tradução livre, “O Livro da Floresta”), a próxima adaptação de uma animação clássica do estúdio: o filme “Mogli – O Menino Lobo” (“The Jungle Book”), de 1967.

A animação original foi um sucesso no lançamento, com críticas positivas de veículos como New York Times, Revista Time e Entertainment Weekly, que afirmaram ser o filme mais engraçado e diferenciado da Disney até então. O filme original contou com dublagens sólidas, com destaque para o radialista Phil Harris, na voz do cômico urso Baloo e o ator Sebastian Cabot na voz da pantera Bagheera. Uma história divertida, com personagens carismáticos e músicas padrão Disney, não demorou muito tempo para o filme virar um clássico do estúdio.

The Jungle Book – 1967

Então o que esperar da primeira coisa que veremos sobre o Mogli depois de quase 50 anos?

Óbvio que estamos desconsiderando o fracasso gigantesco que foi “Mogli: O Menino Lobo 2”, afinal ele nem sequer foi feito pelo mesmo estúdio. A continuação de 2003 foi produzida pela DisneyToon Studios, o estúdio irmão e patinho feio da Disney. Nada muito bom saiu deles nesses 25 anos de existência (excluindo as duas primeira animações: “Duck Tales” e “Pateta, o Filme”, que foram razoáveis e, admito, bastante divertidos). Então como um filme que foi lançado direto para DVD, com marketing praticamente nulo e totalmente esquecido pelos fãs, estamos tirando a sequência da jogada.

Vamos observar a situação em que o novo filme se encontra:

A Disney começou a fazer tais adaptações para o cinema em 2014, com Malévola (Com a Angelina Jolie e dirigido pelo Robert Strombeg). O filme, releitura da Bela Adormecida, de um ponto de vista mais maduro e dark, teve um sucesso considerável. Com críticas mistas em jornais e blogs, tendo seu principal problema destacado, o fato de o tom do filme ser adulto, enquanto ele tenta ser um filme para crianças. Apesar dessa ser a ideia da Disney, buscando atingir o público mais adulto através da nostalgia, o filme não se segurou nem como algo maduro, muito menos como infantil. O filme conseguiu um sucesso bom com o público adolecente e pré-adolescente, sendo indicado para prêmios juvenis em sua maioria.

Em seguida, no primeiro semestre de 2015, tivemos a adaptação (dessa vez a oficial) do clássico dos clássicos, Cinderella. Dessa vez, diferente de Malevolente, o filme tive uma aceitação absurdamente grande de critícos e fãs. Sendo aprovada por cerca de 85% dos cíticos e com nota média de 7.2, a jogada arriscada do estúdio deu certo. Com um investimento de “apenas” 95 milhões de Doláres, metade de Malévola, o filme lucrou 5.5x o custo de produção atráves do mundo (Contra aproxímadamente 4x de Malévola). Com uma atuação estelar de Cate Blanchett como madrasta malvada o filme pode ser chamado de um sucesso.

Então, o esperar de The Jungle Book em 2016?

O filme será dirigido pelo excelente Jon Faverou, maestro de filmes como o subestimado “Zathura” (2005), o consagrado “Elf” (2003), o genial “Chef” (2014) e o gigantescos “Iron Man 1 e 2” (2008/2010). Com um portifólio desses, dá pra ver porque o filme vai ser comandado por ele. Com um storytelling de ótimo ritmo (como visto em Chef) e o sangue frio de organizar filmes de grande investimento (Como Iron Man 1), ele se encaixa de maneira mais que perfeita para comandar o longa.

Não podemos esquecer o cast, o que dizer de um elenco que consta como nomes como, Bill Murray, Ben Kingsley, Idris Elba, Christopher Walken e Lupita Nyong’o? Além da execelente Scarlett Johansson, que comanda o trailer com uma narração em off espetacular. Era de se esperar depois de sua atuação em “Her” (2014).

Se não bastasse os efeitos especiais estão lindos, como visto no trailer, o detalhamento de personagens como King Louie e Bagheera são dignos de elogios, assim como a ambientação, que parece acertar totalmente o tom da animação de 1967.

Para finalziar com chave de ouro, temos no fim do trailer (spoiler) Baloo boiando no rio, com Mogli sentado em sua barriga, enquanto se escuta um assobio da marcante música “Somente o Necessário” (Que de alguma maneira, conseguiu perder o Oscar de”Melhor Música Original” para Doutor Dolittle, o Original de 67 pelo menos).

Me alegro em dizer este é a primeira (espero que de muitas) adaptação da Disney que estou ansioso para ver no cinema.

Fiquem com o trailer abaixo:

Updater: Do Leitor