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O que o bilhar, o elefante, o plástico e o cinema têm em comum? Essa história.


A popularidade do jogo era tanta que em 1915 existiam 830 casas de bilhar só em Chicago. Eram milhares de mesas e milhares de jogadores.
E milhares de bolinhas defeituosas.
O ponto fraco do bilhar eram as bolas, que nunca eram iguais. Umas eram mais densas e pesadas, outras menos uniformes e até o tamanho acabava variando, o que transformava cada novo jogo em uma experiência única e inédita.
E de uma hora para a outra, a vida dos elefantes que passeavam tranquilamente lá pelas savanas da Africa, mudou para sempre.

O marfim de suas presas foi considerado o melhor material para a fabricação de bolas de bilhar e virou o padrão. Cada presa rendia 3 bolas.

Faça as contas e imagine a proporção que a imbecilidade humana pode tomar, em tempo recorde.
Dá uma olhada nesse foto, feita por uma das fábricas de bolas de bilhar da época:

São 20.000 bolas. Ou, 6.666 presas. Ou, 3.333 elefantes mortos. Só NESSA foto. Esse senhor, que displicentemente limpa seu ouvido com o mindinho, está confortavelmente relaxando sobre uma pilha de mais de 3333 elefantes assassinados.

Para cada par de mesas ocupadas em algum bar por distintos senhores de negócio, um elefante havia tombado na Africa.
Felizmente, essa história teve uma virada inesperada: a invenção do PLÁSTICO.
Como os elefantes estavam acabando e o preço das bolas aumentando muito, os fabricantes de bolinhas criaram um concurso que premiaria com 10 mil dólares o inventor que trouxesse um material substituto para a fabricação de bolas de bilhar. E foi assim que John Wesley Hyatt, que era um funcionário de uma gráfica (e não um cientista), acabou fazendo vários testes químicos até criar o primeiro plástico, que ele chamou de celulóide.
https://www.youtube.com/watch?v=daDM4zeYofA
O celulóide não funcionou muito bem para as bolas, que acabaram sendo feitas com outro tipo de plástico feito à base de petróleo (como os mais conhecidos hoje em dia), inventado um pouco adiante. Mas o celuóide acabou virando a matéria prima para filmes, apesar de altamente inflamáveis e terem causado a morte de muita gente, carbonizada dentro de salas de exibição.
Hoje, o plástico passou de herói para vilão porque não se desfaz e não é absorvido pela natureza o que acabou criando um problema gigantesco para o planeta por causa do acumulo. Nem sacolinha de supermercado pode mais.
Para conhecer mais detalhes dessa história, recomendo a leitura deste post.
Updater: Wagner Brenner
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