O que vi em Homem-Formiga

Hank Pym, apareceu nos quadrinhos em 1962, na revista “Tales to Astonish #27”. A sua invenção, um soro que diminui objetos – a “Partícula Pym” – mesmo piada entre a comunidade científica, funcionou. Permitiu alterar o seu tamanho e ganhar força sobre-humana. Junto, desenvolveu habilidades para se conectar com outros insetos.

Pym, criou o seu próprio exército e formigas. 

Edições depois, Pym e a sua namorada, Janet Van Dyne, a Vespa, ajudaram a fundar os Vingadores.

No filme, a relação com a S.H.I.E.L.D., no fim dos anos 80, está estabelecida. A cena de abertura, com direito a Agent Carter e Howard Stark, traz muito do temperamento explosivo do primeiro “Homem-Formiga”.

Scott Lang, o aprendiz, entra na história de forma emotiva e interessante. Aqui, precisa ajudar o seu novo mentor a roubar uma nova fórmula secreta de encolhimento, agora desenvolvida por um vilão caricato, ex-aprendiz, que pretende vender a invenção como arma bélica. Premissa óbvia e de fácil entendimento. Sessão da tarde para uma nova geração. E isso é ótimo.

O filme apresenta, também, um sub-gênero novo para o Universo Cinemático da Marvel, o clássico filme de assalto. É ágil, divertido e prende a atenção. As cenas de ações, enquanto diminuto, são excelentes, tem lá, também, muito senso de humor (horas no tom certo, horas um pouco demais, mas no geral, acertado), a ironia de Lang é uma grata surpresa. As brincadeiras de mudança de tamanho, também. O filme tem charme, tem carisma. Tem o elenco correto. Principalmente a escolha de Lilly, como filha. As motivações são claras e envolventes. E, mesmo com tantos clichês, a história tem foco em problemas pessoais, envolvimentos familiares e acertos de contas.

Cada uma dessas palavras tem papel crucial nos relacionamentos entre os protagonistas e, além da viagem a um mundo incrível, pequenas grandes lições podem permanecer. A dinâmica mentor-pupilo/passagem de bastão é uma analogia clássica e clara às relações ali entregues. 

Tecnicamente, as cenas de ação são ótimas, o estudo fotorrealista e a macrofotografia das formigas funcionam muito bem em determinados momentos, em outros são claramente borrachudas demais. 

O filme, é mais uma aposta ousada e corajosa. Traz uma estética nova. Talvez não funcione de forma tão interessante se isolado de todo o universo. Aliás, a estratégia de ligar os personagens e histórias continua sendo o ponto alto disso tudo. Se olharmos cuidadosamente, e nerdisticamente, vamos entender que eles estão contando uma história só. 

A participação do Falcão, um dos novos Vingadores, é ótima. As menções aos outros filmes e a tudo o que aconteceu até aqui, acontece de forma natural. Desta vez, acompanhamos o nascimento/apresentação de mais um herói que vai se juntar aos Vingadores. Ou dois. Ou três. Sim…

Atente-se a rápida e sutil menção ao Cabeça-de Teia.

Para mim, a aparição da primeira Vespa é um dos melhores momentos do filme. O nascimento, óbvio, da segunda, também.

Que venham os próximos filmes.

Updater: Gustavo Giglio

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