Os mitos modernos da criatividade: o que é e o que não é (Parte 1)

É cada vez mais comum ler nas redes sociais sobre Criatividade. Sendo uma temática com crescente importância, não é difícil que muitos profissionais falem sobre Criatividade para explorar essa nova demanda ou simplesmente para deixar seus conteúdos mais atrativos.

Entretanto, na corrida pela necessidade de desenvolvê-la, aqueles que optaram por explorar a Criatividade em seus conteúdos buscam uma forma mais fácil do seu público compreender o fenômeno criativo, resultando em afirmações desajustadas ou incompletas do que é a Criatividade.

Pode parecer inofensivo a princípio, mas uma mentira contada várias vezes torna-se uma verdade, ainda mais se for contada por “especialistas”. Isso sem somar ao fato de que as pessoas compartilham conteúdo sem verificar a informação. Acho que agora deu para entender a gravidade da situação.

O estudo da Criatividade já existe oficialmente há quase um século. Por isso, para quem realmente busca compreendê-la, é necessário que conheça suas origens e facetas.

Os mitos da criatividade

Algumas crenças sobre Criatividade fazem parte do senso comum, nas quais fomos passivamente induzidos a acreditar. Aqui, o termo mito serve para se referir à confusão da compreensão da Criatividade por essas crenças.

A maioria das pessoas ainda acredita nos típicos mitos da Criatividade, onde esses mitos nada mais são do que antigas definições do que se acreditava ser a manifestação criativa.

Porém, com a atenção do mercado de trabalho voltada para ela e com o aumento de profissionais a falar sobre o tema, surgiram novos mitos que precisam ser esclarecidos.

Mitos modernos

Esses novos mitos são repetidos como mantras por cada vez mais “especialistas”, perpetuando a desinformação. Chamei-os de Mitos Modernos da Criatividade.

O maior problema dos mitos modernos é que são compostos por meias verdades. Abordam apenas parte do que realmente a Criatividade representa, e por isso se tornam tão tentadores de se acreditar.

Como veículos de propaganda meias verdades são excelentes, pois captam nossa atenção e geram uma sensação de urgência e escassez. Assim, podemos dizer que:

“A mais brilhante das técnicas propagandísticas não dará qualquer fruto a menos que se tenha sempre em mente um principio fundamental – ela deve limitar-se a algumas ideias e repeti-las vezes sem conta“.

Faz sentido, não? Quem disso isso sabia como vender uma ideia: é um trecho de Mein Kampf, de Adolf Hitler.

Claro que nem todos os “especialistas” têm intenções maquiavélicas; estão apenas reproduzindo o que ouviram. Porém, para quem não busca o conhecimento e sim apenas uma solução imediata, uma meia verdade já é o suficiente.

(continua no próximo post)

Updater: Felipe Zamana