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Pé de IP.06: Licenciamento

Qual personagem, banda, celebridade ou estória estampam suas camisetas, decoram sua parede, viraram bonequinhos na sua estante ou video games na sua tela? O encontro mágico entre o mundo real e o da fantasia, a identificação entre obra e alma e a tangibilização do gosto. Por essas sensações, as pessoas literalmente vestem a camiseta do seu EIP. Poucos são os EIPs que chegam ao seleto hall de quase de tornarem, por si, marcas – hey, olha esse brinquedo do Star Wars; ou essa camiseta do Ramones. Bem-vindxs ao Episódio 06 do Pé-de-IP, derradeiro episódio da sexta temporada desse podcast que busca desmistificar o divertido, complexo e às vezes cruel mundo das Propriedades Intelectuais de Entretenimento (EIPs). Nesse episódio Bruno D’Angelo e Pedro Pizzolato, sócios na WIP, navegam pelos turbulentos mares do LICENCIAMENTO dos EIPs. Nossos convidados nos brindaram com uma verdadeira e generosa aula-magna sobre o tema, são eles: David Diesendruck, acumulando no currículo 5 anos de experiência como vice-presidente de licenciamento pela Disney para América Latina, é CEO da Redibra, a maior e mais relevante agência de licenciamento do Brasil, casa que detém marcas como Coca-Cola, Nintendo, Galinha Pintadinha, Ursinhos Carinhosos e muitos outros, e, finalmente, fundador da R.Lab, um tentáculo inovador da Redibra em direção ao futuro do mercado de licenciamento; Renata Pereto, Head de Marketing na Sanrio, empresa japonesa detentora do furacão de licenciamento que é a Hello Kit, personagem que figura em materiais escolares, roupas, tem seu próprio restaurante e até um vagão de trem bala no Japão; e Andrea Ribeiro, que foi Gerente Geral de Inovação da Hering, entre outras empresas que mudaram o mercado de consumo da moda sendo licenciada de vários EIPs. O mercado global de licenciamento (formal e informal) é gigantesco. Para trazermos uma faísca dessas proporções: Star Wars movimentou mais de US$ 3 bilhões só em brinquedos nos últimos 30 anos, além de quase US$ 7 bi em video-games, livros e outros acordos de licenciamento. A LEGO deixou de ser uma empresa em crise de identidade de mercado no início dos anos 2000 e tornou-se, atualmente, uma poderosa plataforma de lançamento de EIPs justamente pela via do Licenciamento. Entretanto, entrar neste mercado não é nada óbvio. Aqui, mais uma vez, a Power Law se aplica e somente uma minoria dos EIPs atingem sucesso em seu plano de licenciamento. Pode parecer um contra-senso, mas audiência de consumo do EIP em obras audio-visuais não é sinônimo de sucesso de licenciamento. Essa modalidade de negócios exige uma atenção especial desde os primeiros movimentos na criação do EIP, além de significativos investimentos e poderosas conexões para acessar as mesas de negociação de licenciados.
Conseguimos extrair daqui um guia prático para o mundo do licenciamento? Vamos descobrir! Sendo esse nosso último episódio da última temporada, nos despedimos.
Por enquanto. Aguardem que a segunda temporada já está no forno! Continuaremos explorando todos os caminhos que possam estabelecer processos que aumentem o valor e diminuam o risco envolvido na jornada de criação, viabilização, desenvolvimento, distribuição, amplificação e rentabilização de EIPs. Keep creating, after all, it’s all a Work in Progress.

Updater: Bruno D'Angelo
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