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REGULAMENTAÇÃO DO DESIGNER: REFLEXÕES

Não é de hoje que o designer busca maior reconhecimento para sua profissão, principalmente no nosso país, onde há tantas necessidades latentes e o investimento em projetos e inovação acaba sendo deixado em segundo plano.
Em momentos de “crise”, onde os mercados estão freando os investimentos, seria muito lógico que as empresas buscassem se diferenciar, produzindo mais com menos por meio de processos e produtos mais inovadores. Mas o lógico não é frequente no nosso Brasil-sil-sil e uma lei que regulamenta o que já deveria ter nascido regulamentado, não me parece tão revolucionária quanto muitos esperam.
Na minha opinião, o reconhecimento do design tem um grande culpado e, por mais paradoxal que pareça, é o próprio designer. Cabe à nós buscarmos a valorização entregando para os clientes projetos que valham realmente o que estão sendo cobrados. Cabe à nós, toda vez que a avó/tia/papagaio pergunta o que é o design, se “é só desenho”, esclarecer que a atividade é algo incrível e motor para verdadeiras mudanças na sociedade. E cabe à nós apresentarmos um projeto e seus nuances de modo profissional e completo de fazer inveja ao tal do “micreiro”.
É claro que vai ter sempre o cliente ruim, a pessoa que não vai querer compreender, o cara que prefere pagar 50 pila pro sobrinho. Mas aí vale a pergunta: será que estamos focando no cliente correto?
Sei que falar é mais fácil do que fazer, mas acredito que a mudança de postura é urgente e, com essa lei, talvez esteja mais do que na hora de começarmos a fazer algo.
Afinal, como diria o poeta francês Jean Cocteau: “não sabendo que era impossível, foi lá e fez”.
Updater: Do Leitor
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