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Sabia que existe mais dinheiro de mentira do que de verdade nos bancos?

Eu não entendo de economia, se eu falar bobagem, ou uma coisa muito óbvia que todo mundo sabe, alguém aí me ajuda por favor.

Mas acabei de descobrir que banco pode fazer dinheiro do nada. David Coperfield. Uma fraude, legalizada.

Quando meu filho era pequeno, ele achava que o caixa eletrônico era um lugar onde você pegava dinheiro quando precisava.“Claro que dá pra comprar o Playstation pai, é só pegar o dinheiro naquela máquina”.Ele não sabia que dali só sairia o dinheiro que eu tenho no banco.Mas de certa forma ele estava certo, porque não existe “o meu dinheiro no banco”.

Hein?Pois é. Pense no valor que você tem no banco. Você acha que ele está lá, na sua agência, no cofre, te esperando? Não, seu dinheiro não está lá.Eu explico.

Quando você pede pro seu vizinho ficar com o seu cachorro enquanto viaja, sabe que seu animal de estimação está lá, bonitinho te esperando na casa do vizinho até o dia que você for buscá-lo. Da mesma forma, imaginamos que quando depositamos mil reais no banco, ele fica lá e pode ser retirado imediatamente quando você quiser. Claro, o dinheiro circula, isso sabemos. E que ele vai para outras transações também sabemos. Péééé. Errado. Transações são feitas de vento e pó de pirlimpimpim. Dinheiro fica pro banco.

Na verdade o seu dinheiro entra pelo caixa e se manda para um bolso alheio. E só não dá confusão porque os correntistas nunca sacam todo o dinheiro da conta ao mesmo tempo. Porque se sacassem… quebrava tudo.

Presta atenção no truque da mágica:

Quando alguém faz um empréstimo no banco, recebe o que?Um bolão de notas? Um saco de moedas de ouro?Não, geralmente recebe dígitos eletrônicos na conta. Só que esse dinheiro não existe, o banco criou do nada. Simplesmente digitou na sua conta.

Quando você paga o empréstimo, esse dinheiro inventado é destruído sem deixar rastros e o banco recebe de verdade.

Isso se chama reserva fracionada, um nome bonito para uma medida estipulada por um banco central que permite que bancos tenham só uma fraçãozinha de reservas de verdade. Nos Estados Unidos essa fração é de 10%, no Brasil, 28%.Ou seja, se eu abrir o Banco Brenner nos EUA e tiver US$1.000 lá no meu cofre, eu posso emprestar até R$10.000 para o John, apenas digitando esses números na conta dele. Quando ele me pagar de volta, ca-chin! eu ganhei dinheiro feito do nada.

E se o Bob aparecer e quiser sacar US$2.000 nesse meio tempo?

Tudo bem, o Banco Central cobre, porque ele existe justamente para equalizar esse entra e sai em bancos diferentes para nenhum banco ser pego de calças curtas. Afinal o John vai gastar o dinheiro do empréstimo com alguma coisa que vai acabar virando dinheiro em algum outro banco.E assim como toda água volta pro oceano, todo dinheiro volta para o Banco Central redistribuir como necessário.

E tem mais: como o dinheiro é de vento e não precisou ser acumulado de verdade, os bancos conseguem oferecer empréstimos com taxas mais baratas do que se fossem emprestadas por alguém que de fato vai precisar abrir mão de dinheiro economizado de verdade.

Resumindo: quando você faz um empréstimo no banco, você acha que pegou dinheiro emprestado. Mas foram só dígitos. Mas que você vai pagar de verdade.

É como emprestar notinhas de Banco Imobiliário pro seu cunhado e receber em notas de verdade depois.

Pense nisso no próximo “débito ou crédito?” E toca digitar osnumerinhos de vento…

Updater: Wagner Brenner

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