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Sobreposição mostra a sofisticação do saque escondido do Federer


Alguns momentos no esporte chegam a um nível de sofisticação e sutileza absurdo.
Jogadas que se repetem com frequência nos jogos, e que podem ser treinadas a exaustão, como uma cobrança de pênalti ou um arremesso de beisebol, chegam a um nível de leitura corporal extremamente rápida e decisiva.
Um ótimo exemplo é o saque, no tênis.
Muita gente acha que força é o fator determinante. Mão para colocar a bolinha onde quiser, também. Mas no nível profissional, saber esconder o saque pode fazer toda a diferença. O Agassi conta na sua auto-biografia que o Boris Becker era um excelente sacador mas tinha um tique que o prejudicava muito: apontava com a língua a direção em que iria sacar (eu mal enxergo o cara lá do outro lado, que dirá a língua).
Dá uma olhada que legal essa sobreposição de 2 saques do Federer.
Ele não tem o saque mais potente do circuito, mas é um dos mais eficientes.
Pontaria? Sim, mas isso os outros também têm.
O que ele faz como ninguém é movimentar o corpo na preparação do saque EXATAMENTE da mesma maneira. Sempre. Mas colocando a bolinha em lugares diferentes. É um saque impossível de “ler”, só mesmo depois que a bola começa a voar, quando geralmente é tarde demais (para mortais sempre será, com certeza).

Outro exemplo é o japonês Yu Darvish, pitcher famoso pela versatilidade de seus arremessos, todos muito bem escondidos até o último instante. Olha a sobreposição que demais.
Ou seja, esses caras fazem o impossível, usando só as últimas frações de segundos de seus lances. Sofisticado demais.
Updater: Wagner Brenner
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