Suécia fica sem lixo

Em um ponto da Suécia, a coleta de lixo atingiu umaescala global. Graças a isso, quase não há aterros no país, e os resíduos setransformaram em combustível ou foram reutilizados. As autoridades realizaramconstantes trabalhos explicativos e, assim, alcançaram um alto nível deconscientização do público.

A maioria dos moradores daquele país sabe que, apartir do plástico descartado, pode-se fazer sete vezes mais plásticos. E mesmodepois disso, ele irá para a usina para queimar. Portanto, o plástico recicladosete vezes ainda será beneficiado na forma de eletricidade.

Cada família possui 6 ou 7 baldes para diferentestipos de lixo – plástico, papel, vidro, papelão, metal e outro. Outro balde épara resíduos que não podem ser reciclados posteriormente. Mesmo uma criançapequena em Estocolmo não jogará embalagens de doces no recipiente errado. Osjardins de infância e escolas ensinam a classificar o lixo corretamente e, nopaís, são multados aqueles que não fazem a classificação correta.

Itens grandes, como televisores, sofás, materiaisde construção, são transportados para estações especiais. Lá eles sãodesmontados em componentes valiosos que são comprados pelos produtores demercadorias. Assim, eles preparam as matérias-primas para o lançamento em umnovo ciclo de produção. No mesmo local, tintas, ácidos e outras substânciasperigosas são separadas dos objetos, que mais tarde caem em uma planta deprocessamento químico especial. A propósito, essas estações na Suécia sãoabsolutamente gratuitas.

Na Suécia, um novo procedimento de demolição deedifícios chamado desconstrução foi recentemente introduzido. Por exemplo, aodemolir um prédio antigo, as máquinas “cortam” paredes e as levam a uma estaçãoespecial, onde após o processamento elas se tornam novamente materiais deconstrução. Assim, a casa antiga se transformará em uma nova.

Você pode ganhar dinheiro com garrafas de metal e plástico. Para fazer isso, eles só precisam ser levados aos pontos de recepção. Na Suécia, como em todos os países da Europa, você pode entregar uma garrafa a uma máquina especial que pagará em dinheiro ou crédito. Os medicamentos vencidos na Suécia também não são jogados fora, mas entregues nas farmácias. Seringas e agulhas usadas também podem ser devolvidas lá.

O transporte de resíduos no país é realizado pormeio de um duto subterrâneo, inaugurado em 1961. A parte principal dessa rampade lixo está localizada no subsolo, e os habitantes do país veem apenas o topo.

A falta de lixo na Suécia é o único problema deresíduos no país até agora. Apenas 7% de todo o lixo é enviado para aterros, etodo o resto é incinerado ou reciclado. Assim, graças apenas ao desperdício,Estocolmo recebe 45% de eletricidade. A falta de desperdício pode ser um grandeproblema para a população, porque os suecos usam calor para aquecer as moradiase recebem eletricidade. Mas a vizinha Noruega expressou sua disposição emajudar a Suécia e fornece 800 mil toneladas de lixo por ano.

Por mais que desconfiem que o fenômeno Greta sejauma manobra de manipulação ou radicalismo, sua realidade é essa e pode parecerestranha para o resto do planeta que se acostumou a descartar o lixo dequalquer maneira. Os suecos descobriram não apenas como reduzir a quantidade delixo nos aterros sanitários do país, mas também como garantir que o número deemissões nocivas para a atmosfera durante o processamento fosse mínimo. Graçasàs mais recentes tecnologias utilizadas no processamento de incineradores, asemissões para a atmosfera não ultrapassam 1%.

Updater: Caio Fischer