- Update or Die!
- Posts
- TEI Stanford: experimentação e realidade
TEI Stanford: experimentação e realidade

Hoje teve um painelzinho, “Tangible and Physical Interaction in the Wild”, com Jie Qi / MIT Media Lab, Amanda Parkers / NY Fashion Innovation, Alicia Gibb / Open Source HW, Eric Paulos / UC Barkley, Ivan Poupyrev / Google e Disney. Painel sobre experimentação e realidade, onde estamos hoje com as interfaces tangíveis e wearables, para onde podemos ir. Coisa fina!

Sabe aquela tela da Disney, que dava para sentir textura das imagens?
Pois é, o cara por trás disso é o Ivan Pouyrev, que agora tá no Google. Fez o maior charme com um projeto secreto que tá desenvolvendo. Falou coisas interessantíssimas:
Two approaches for making physical world alive through computation.
1- Giving physical shape to digital data or
2 – Giving digital properties to physical objects.
E aí seguiu com exemplo atrás de exemplo, um mais bacana que outro. E chegou na pergunta:
Qual é o momento certo de lançar uma tecnologia?
“So hard to know…How many times has tablets been released before the ipad sky rocketed?!?
“A sociedade precisa estar pronta, no momento certo e a tecnologia adequada à necessidade” – Aha! Sempre ela, a necessidade;
“Be aware: that new marvellous stuff of yours, requires that people learn first at their time”.
Falou de como a cultura anda para frente, as referências mudam. Quem inova, tem que correr e estar atento à evolução dos valores. Para mim, um super exemplo é como a nova geração valoriza muito menos o carro, como simbolo de status. Isso está mudando e rápido. Zip Car tá aí, não porque criou algo do nada, mas porque criou algo conectado com o nosso tempo, com os novos valores. Isso é design, isso é inovação.

Algo que Alicia Gibb OSHW falou bastante, sobre como nesse mundo de makers, a coisa é rápido mesmo, então se você não faz, alguém vai fazer. E esse dinamismo empurra tudo pra frente.
As fotos do lab deles em NY são demais. Ambiente de startup oficina, experimentação, experimentação, experimentação. E o papo dela girou em torno de open source HW mesmo, a colaboração como um dos valores fundamentais da inovação.

A Amanda Parkes, NY Fashion Innovation mostrou o que NY tá fazendo em relação à smart textile. Impressive! Os caras estão com um prédio inteiro, juntando makers, startups, lab, designers, pesquisadores, business, etc. Coisa linda e coisa linda vai sair de lá. Ela deu uns insights super bacanas, coisa bem estrátegica.
“Design for desirebility”
Né?! Faz todo o sentido para wearables ou tangíveis.
Na verdade, a estratégia da moda de design para um grupo, personalização, para o sentir-se único, isso é universal. A maioria dos tech design está para trás, fazendo design massificado, sem personalidade. OK, existe a viabilidade, e sobre isso, falou bem a real: os problemas de escalabilidade, usabilidade, como roupas smart ainda estão meio sem função, meio não funcionam direito ( foram vários os protótipos na feira que funcionavam por um tempo e depois quebravam…) Agora, se não fosse algo interessante, os caras não estavam com esse prédião por lá e experimentando de tudo quanto é jeito, de tecido que acumula energia gerada pelo próprio usuário à cortes de tecido com zero de desperdício. É sempre bom lembrar: em wearables, textiles, tangíveis, “smart” nem sempre quer dizer sensores ou fios no meio da malha. As vezes, o design é smart no não desperdício.
Achei um painel bacanérrimo, conceitos sutis de UX, estratégicos e a realidade do mercado de tangíveis. Daqueles momentos que você sai pilhado, louco pra fazer criar.

Como disse o Ivan: Que designer não quer impactar ( uma pessoa, um grupo ou o mundo)?!?
O engraçado foi passar mais tarde na apple store e ver na prateleira o Osmo. ; )
The truth is out there!
Updater: ale silveira
Reply