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Tendências do e-commerce para 2022: o que (ainda) vem por aí?


Photo by Ivan Samkov on Pexels.com
Durante a pandemia, descobrimos uma mudança brusca de comportamento de compra do consumidor, apostando mais no e-commerce e buscando novos produtos. Agora, com o avanço da vacina e o relaxamento das restrições de segurança, a pergunta que surge é: como compraremos, daqui em diante?
Pare e pense: você se lembra como costumava comprar antes da pandemia?
Eu sempre fui muito adepta do e-commerce, compro mais online do que em loja física há muitos anos. Sempre achei legal a experiência de abrir as caixas, a expectativa e toda a mágica que envolve a compra online. Mas muitos amigos e colegas me falavam (e vários ainda falam) que preferiam o presencial e só compram virtualmente se realmente não encontram o produto nas lojas físicas. E, apesar de muitas pessoas não serem fãs do formato, dados mostram que essa realidade mudou para muitos consumidores.

Photo by Norma Mortenson on Pexels.com
Em 2020, o e-commerce registrou crescimento de 27,6% em todo o mundo, incluindo o Brasil, conforme dados do eMarketer. E em 2021 o boom foi ainda maior por aqui: no primeiro trimestre houve alta de 57,4% nas vendas brasileiras, em comparação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do portal E-commerce Brasil.
Mas uma pergunta que fica é: esses novos comportamentos devem permanecer no futuro ou voltaremos aos hábitos anteriores?
Em “A jornada repaginada: impactos da COVID-19 na jornada de compra”, estudo do Google que analisou comportamentos e tendências entre os consumidores do mundo, um dado interessante apontado é que, com a pandemia, as pessoas priorizaram o essencial e diminuíram o impulso das compras.
A pesquisa estudou três segmentos: varejo, viagens e finanças. No varejo, dividiu o estudo em duas categorias: CPG (sigla em inglês para bens de consumo embalados, como alimentos, bebidas, beleza e utilidades domésticas) e non-CPG, que seriam roupas, calçados, acessórios e home & garden. Os pesquisadores questionaram tanto comportamentos de agora, durante a pandemia, quanto sobre o que os entrevistados pensavam sobre seus hábitos no futuro.
No varejo, tanto agora quanto no futuro, a tendência mostrada pela pesquisa é que o gatilho de compra dos consumidores em geral é pensando em estoque e reposição de itens. Já as promoções e descontos foram gatilhos importantes para compra durante o COVID-19, representando 19% em CPG e 24% em non-CPG. Mas no futuro, esse gatilho deve ser muito menos representativo: 8% CPG e 18% non-CPG. Daqui para a frente, um impulso significativo para comprar online é o maior tempo gasto em casa, que surge em 11% das respostas sobre CPG e 15% sobre non-CPG.

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Mas o crescimento exponencial do e-commerce não tirou a relevância que os pontos de contato offline possuem. A mesma pesquisa do Google atesta que “enquanto vemos 56% das pessoas dizerem que irão fazer compras de bens CPG na internet no futuro, a maioria delas (66%) continua planejando fazer essa compra na própria loja. E em áreas como a de finanças pessoais (banco, cartão de crédito e seguros), mais de 70% considera muito útil falar com um representante ao vivo”.
Ou seja: as empresas têm sim de investir no e-commerce, mas deixar de lado as lojas físicas ainda não é o momento. O impacto do e-commerce é irreversível. Com as empresas oferecendo experiências digitais cada vez mais ricas, somado à comodidade de adquirir algo sem sair de casa e, em muitos casos, ao preço mais baixo, a compra online conquistou os brasileiros.
Mas o futuro, na verdade, parece se encaminhar para modelos mais híbridos, respeitando a liberdade de escolha do consumidor e sempre pensando em oferecer facilidade e boa experiência — seja ela on ou off.
Para os pesquisadores do Google, a conclusão que se pode tirar é:
“A pandemia reforçou a necessidade de os varejistas continuarem a investir para que as pessoas possam fazer compras quando quiserem, como quiserem e onde quiserem, tudo isso tendo uma experiência agradável e sem atrito.”

Foto de Liza Summer no Pexels
Updater: Adriane Fernandes
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