- Update or Die!
- Posts
- Você não precisa ser minimalista para ser consciente
Você não precisa ser minimalista para ser consciente

“Nossa, como eu queria ser minimalista, mas é muito difícil, não consigo me livrar dos meus livros, nem de comprar algumas coisas, nem disso, nem daquilo…”. Esse é o pensamento que eu, de certa forma, ainda tenho, e acredito que muitas pessoas também o tenham. Chega a ser sofrido pensar em mudar tão radicalmente a vida; mas pensar em continuar na mesma, também o é. Mas calma -isso eu digo para mim também- as coisas não precisam ser oito ou oitenta.
Há alguns anos assisti ao documentário “Minimalism: A Documentary About the Important Things” e, na época, ele não me impactou tanto. Hoje (nos dias atuais), resolvi assisti-lo novamente e comecei a questionar alguns pontos importantes e qual a verdadeira essência sobre esse estilo de vida: a tal da consciência. Acredite, você não precisa ser minimalista para ser consciente.
Antes de me prolongar, quero deixar algo claro: meu intuito não é dizer que o minimalismo não seja legal, e muito menos importante. Pelo contrário. Se você consegue seguir com esse estilo de vida, ótimo. Mas o que quero, é acalmar aqueles que se sentem incapazes de serem “tão evoluídos” e, com isso, continuam a suprir seus vazios com coisas materiais que não possuem um verdadeiro valor em suas vidas.
Durante a quarentena, o “bater perna pelo shopping” deixou de existir, e, com isso, as compras de alguns segmentos diminuíram drasticamente. Na vida de um minimalista, a primeira parte que passa por mudanças, na maioria das vezes, é o guarda-roupa. Centenas de roupas, sapatos, acessórios, que, em muitos casos, não são mais usados e/ou nunca o foram. E é exatamente aí que a consciência começa a bater na porta e, indiretamente, começou a aparecer nesse momento dentro de casa.
Para ser consciente, eu não preciso ter um armário com 33 peças no total. Também não preciso ter somente um móvel na sala. Eu posso ter mais roupas e também posso mobiliar a casa de acordo com minhas vontades, desde que tudo o que tenho, faça sentido e possua valor para mim. Comprar pelo simples fato de possuir algo, usando como justificativa qualquer desculpa que o faça acreditar que você merece gastar tanto, é uma sabotagem com a sua consciência. Controlar nossos impulsos talvez seja o primeiro passo.
O importante sobre a consciência é saber usá-la de maneira inteligente, tanto para o mundo, quanto para você mesmo. Nós não precisamos de tanto, mas também não precisamos viver –se isso for muito difícil- com o mínimo. Dentro do mundo de cada um, com suas necessidades e vontades específicas, você pode adaptar o minimalismo. Não é nenhum pecado você comprar, mas que seja com clareza. Com o tempo, vamos observando o que realmente cabe e faz sentido para nossas vidas, e não digo isso somente para coisas materiais.
Updater: Alexia Borges
Reply