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Você se lembra dessas comunidades do Orkut?

Um dia desses, do nada, eu pensei: “e o Orkut, hein?”.
Bem.De pensar, fui atrás.E me espantei com o que vi.
A maior comunidade de lá, “Eu Odeio Acordar Cedo”, fechou com pouco mais de 6 milhões de membros.Uma outra chamada “Eu Amo Chocolate” chegou a quase 4 milhões de membros.E a “Sua Inveja Faz Minha Fama” encerrou com 3,5 milhões.

Mas o que tudo isso tem a ver com você, leitor do Update Or Die?
E a palavra que eu deixo para essa pergunta é “efemeridade”.
Efêmero é aquilo que é passageiro.Que não fica.Não permanece.
Em um munto tão digital, poucas coisas tem permanecido.Existem muitos novos famosos.Gente com milhares ou milhões de seguidores no Instagram,Gente que surfa a onda da fama.
Mas a gente sabe: essa onda vai acabar.E quando a onda perder sua força e se dissolver na areia, voltando a ser espuma e água, o que terá ficado?
Não estou de “rabissaca”.Não desprezo o trabalho e dedicação de tanta gente que luta para conseguir esses seguidores.Muitos são relevantes.E percebo que o trabalho de muitos irá permanecer.Com conteúdo que não será passageiro.Que ficará enraizado nas pessoas em forma de repertório.Essa palavra tão importante:
Repertório.
Repertório é o contrário do efêmero.Repertório é o que fica quando o conteúdo vai embora.Repertório é tudo aquilo que você sabe com as mãos, com os pés, com os olhos e não só com a cabeça.
Repertório é tudo que sobra, quando você esquece o que aprendeu.
Então a pergunta que eu deixo é:Cadê essas comunidades de milhões do Orkut?Será que elas foram capazes de mudar a vida de pessoas que odiavam ter que acordar cedo, mas amavam chocolate?
A onda da vez foi o Orkut.Depois passou a ser o Facebook.Hoje é o Instagram.Talvez amanhã seja o Tik Tok.Ou alguma outra que alguém já está fazendo o MVP enquanto você lê isso aqui.
Ondas vem e vão.Moda vem e vai.Mas uma coisa que nunca vai passar é nossa capacidade de saber nadar.Esse sim é o verdadeiro repertório que precisamos ter.A capacidade de não morrer afogado com o excesso de conteúdo.E de marcar a vida das pessoas para além de um coraçãozinho na tela.
Crédito da imagem: Kelsen Fernandes / Fotos Públicas
Updater: Thiago Baldu
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